Apagar um arquivo importante por engano pode causar pânico em qualquer pessoa. Felizmente, nem tudo está perdido.
Neste artigo, você vai entender como funciona a recuperação de arquivos apagados, conhecer os principais métodos e ferramentas disponíveis e aprender dicas práticas para evitar a perda definitiva de dados.
Quando você deleta um arquivo, ele não desaparece imediatamente do disco rígido ou da memória do dispositivo. Em vez disso, o sistema apenas marca aquele espaço como “livre” para novos dados. Isso significa que, até que um novo arquivo sobrescreva o antigo, há uma boa chance de recuperar os dados perdidos.
Por isso, o primeiro passo sempre é: pare de usar o dispositivo imediatamente após a exclusão acidental, para evitar sobrescritas.
Em sistemas operacionais como Windows e macOS, arquivos deletados geralmente vão primeiro para a Lixeira ou para o Lixo. Se o arquivo estiver lá, basta restaurá-lo com alguns cliques.
No Windows: clique com o botão direito sobre o arquivo na Lixeira e escolha “Restaurar”.
No macOS: vá até o Lixo, clique com o botão direito no item e selecione “Colocar de volta”.
O Windows oferece um recurso chamado “Versões Anteriores” que pode restaurar uma versão antiga de um arquivo ou pasta.
Clique com o botão direito na pasta onde o arquivo estava.
Selecione “Restaurar versões anteriores”.
Escolha a versão e clique em “Restaurar”.
Se o arquivo não está mais na Lixeira, a melhor alternativa é usar um programa especializado. Aqui estão algumas opções:
Gratuito e fácil de usar.
Ideal para recuperar arquivos deletados da Lixeira, pendrives ou HDs externos.
Versão gratuita com limite de dados.
Excelente para recuperar dados após formatação, exclusão ou falha de sistema.
Interface amigável.
Recupera mais de 400 tipos de arquivos, incluindo fotos, vídeos, documentos e muito mais.
Gratuito e de código aberto.
Ideal para usuários mais avançados. Funciona até em discos corrompidos.
Use apps como DiskDigger (funciona melhor em dispositivos com root).
Verifique se há backup no Google Fotos ou Google Drive.
Verifique o app Fotos, na aba “Apagados”.
Restaure de um backup do iCloud ou iTunes.
Use ferramentas como Dr.Fone ou PhoneRescue.
Serviços de armazenamento em nuvem possuem lixeiras próprias e até controle de versões.
Vá até “Lixeira” no menu lateral.
Clique com o botão direito no arquivo e escolha “Restaurar”.
Esses arquivos permanecem na Lixeira por até 30 dias (padrão), a não ser que sejam excluídos manualmente.
Mesmo após uma formatação, há possibilidade de recuperação, desde que o dispositivo não tenha sido sobrescrito com muitos dados novos.
EaseUS Data Recovery
R-Studio (mais avançado, ideal para empresas)
TestDisk (para recuperar partições inteiras)
Não instale programas no mesmo local onde os arquivos foram apagados.
Evite gravar novos dados em dispositivos com arquivos perdidos.
Realize a varredura com mais de um programa, se necessário.
Salve os arquivos recuperados em um disco diferente do original.
Se você tentou diversos métodos e ainda não conseguiu recuperar seus dados, ou se o dispositivo foi danificado fisicamente (queda, queima, água), o ideal é procurar empresas especializadas em recuperação de dados.
Esses serviços costumam ter um custo elevado, mas são a única alternativa em casos extremos, como:
Danos físicos no disco rígido
SSDs que pararam de funcionar
Cartões de memória ilegíveis
Ransomware que criptografou arquivos
Evitar a perda de arquivos é sempre mais fácil (e barato) do que recuperá-los. Veja algumas dicas fundamentais:
Faça backups automáticos usando ferramentas como Google Drive, OneDrive, iCloud ou HDs externos.
Use softwares de sincronização de arquivos.
Habilite o histórico de versões nos seus arquivos (em nuvem ou no sistema).
Tenha um bom antivírus instalado para evitar perdas por malware.
Evite usar Shift+Delete no Windows, pois ele remove arquivos sem passar pela Lixeira.
Recuperar arquivos apagados pode ser mais fácil do que parece, desde que você saiba o que está fazendo e atue rapidamente. Com a ajuda de ferramentas especializadas, backups e boas práticas, é possível restaurar desde fotos familiares até documentos de trabalho fundamentais.
A chave está em agir com calma, escolher o método certo e manter sempre uma rotina de prevenção, como backups regulares e cuidado com exclusões acidentais. Afinal, na era digital, informação é um dos bens mais valiosos que temos — e deve ser tratada com atenção.